top of page
Foto do escritorPedro Junceiro

Renault Emblème Concept: menos 90% de CO2

Antecipando o futuro da mobilidade de baixas emissões, o Emblème Concept promove uma visão da Renault para um automóvel com uma redução de 90% nas emissões de CO2 em todo o seu ciclo de vida. A motorização segue os mesmos preceitos, combinando motores elétricos com “alimentação” também por hidrogénio.



O Emblème Concept representa a visão da Renault para o futuro da mobilidade de baixas

emissões, abordando todo o ciclo de vida do automóvel – desde a obtenção dos materiais para a produção até ao ponto final na história do veículo. Neste sentido, para fazer face ao desafio de baixar os níveis de CO2 não apenas na estrada, mas também no processo de fabrico e reciclagem dos componentes, a marca do losango está a desenvolver soluções novas que melhoram as suas competências em todas estas abordagens.

 

Com o intuito de tornar-se neutra nas emissões de carbono até 2040 na Europa e globalmente em 2050, o Grupo Renault tem como objetivo revolucionar a forma como concebe e constrói automóveis. O Emblème Concept corporiza, assim, essa sua ambição, apresentando-se no próximo Mondial de l'Auto (14 a 20 de outubro), em Paris, como uma espécie de “laboratório" que antecipa desenvolvimentos para aplicar no futuro.



O Renault Emblème vai muito mais longe do que o Scenic Vision H2-Tech de 2022, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa em 90%, em relação a um veículo equivalente construído atualmente, ou seja, emitindo só 5 toneladas de CO2 entre “berço” e “túmulo”.


Visualmente surpreendente, devido ao estilo de “shooting brake” e às dimensões (4,80 m de comprimento, facto que sublinha o compromisso da Renault de continuar a investir nos segmentos C e D), o Emblème recorre a soluções como materiais reciclados com uma pegada de carbono reduzida, materiais naturais, processos de produção inteiramente baseados em energias renováveis, implementação geral de peças reutilizadas e maior circularidade em toda a fase de vida do veículo.



Eficiência pelas linhas 

Adicionalmente, essa abordagem holística da Renault passa também pelo incremento da eficiência através do design e do cuidado aerodinâmico. Por exemplo, os espelhos retrovisores exteriores foram substituídos por duas câmaras integradas nas cavas das rodas, os limpa para-brisas estão escondidos sob o capot e os puxadores das portas estão embutidos na carroçaria.

 

Duas aletas no capot e duas saídas de ar no para-choques canalizam o fluxo de ar para o para-brisas e para trás das rodas, respetivamente. As jantes são de disco completo, de modo a conduzir o fluxo de ar ao longo da carroçaria, ao passo que o fundo plano mimetiza o conceito o utilizado na Fórmula 1, sendo reforçado por um difusor ativo, que se inclina para baixo e para trás para equilibrar o fluxo de ar e minimizar a resistência aerodinâmica.



Mais do que mera inspiração na competição, o conceito foi aperfeiçoado com recurso à tecnologia de simulação digital de última geração fornecida pela BWT Alpine F1 Team, no âmbito de uma colaboração entre a Renault e a Ampère. O resultado é um coeficiente de arrasto de 0,25 Cx.

 

Além dos 4,80 metros de comprimento e 1,52 metros de altura, o Emblème Concept apresenta uma distância entre eixos generosa de 2,90 metros, mostrando preocupação com a habitabilidade e tirando partido das novas possibilidades trazidas pelas plataformas dedicadas à mobilidade sem emissões (neste caso, a nova AmpR Medium). O peso, aquele que é um dos maiores obstáculos à eficiência, foi contido, com um valor final de 1750 kg, incluindo já as baterias.



Motorização ambivalente 

O Emblème Concept mostra o potencial de uma motorização versátil e inovadora. Por um lado, o motor elétrico de 218 cv (160 kW), concebido de forma sustentável sem recurso a terras-raras, é alimentado por uma bateria compacta NMC de 40 kWh, a qual é mais barata e sustentável. Por outro, o Emblème Concept pode também funcionar com recurso a uma pilha de combustível a hidrogénio (fuel cell) de 30 kW (PEMFC) alimentado por hidrogénio “verde” armazenado num tanque de 2,8 kg.

 

Assim, poderia funcionar em deslocações mais urbanas apenas com recurso à energia extraída a partir da bateria NMC de 40 kWh, mas também permitir a tranquilidade de deslocações mais longas  por intermédio da pilha de combustível, sabendo-se que o tempo de reabastecimento para 350 km de autonomia, de acordo com a Renault, seria inferior a cinco minutos. Ou seja, caso fosse necessário, o modelo poderia cumprir 1000 km apenas com duas paragens de cinco minutos cada para encher o tanque de hidrogénio.



Este protótipo, desenvolvido em parceria com mais de 20 parceiros por parte da marca francesa, tem tração traseira e destaca-se também por tornar todos os componentes mais compactos e integrá-los no veículo de forma inteligente para baixar o centro de gravidade e otimizar a distribuição de peso.


0 comentário

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page