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DS E-Tense Performance inspirado nos Fórmula E

Atualizado: 29 de mar.

A DS Automobiles revelou, em 2022, ‘laboratório rolante’ na forma de protótipo, que serve de elo para a ligação entre as corridas de monolugares elétricos e os automóveis de estrada. De passagem por Portugal, este “coupé” realça o compromisso da marca para com forma mobilidade eletrizante!



Intimamente ligada à Fórmula E, a DS Automobiles encontra-se entre as das marcas que mais tem apostado no Mundial de monolugares elétricos, atualmente na terceira geração de máquinas desde a primeira ‘faísca’ na competição, em 2014/15, apresentando no currículo com dois títulos de pilotos, ganhos por Jean-Éric Vergne e António Félix da Costa, e dois de equipas.

 

Essa ligação ao desporto automóvel elétrico tem servido para a DS Automobiles fazer a transição das tecnologias desenvolvidas na pista para os automóveis de produção, mas também para ganhar notoriedade. O facto de a marca ter declarado a sua intenção de oferecer uma variante 100% elétrica em todos os automóveis a partir de 2026 solidifica o empenho da marca na Fórmula E, valorizando, sobretudo, o avanço feito no “software” de gestão de utilização de energia.



Além disso, a terceira geração de monolugares da Fórmula E corporiza também muita da evolução que tem sido feita na mobilidade elétrica como um todo. Face ao monolugar de primeira geração (Gen1), o peso baixou de 920 para 840 kg (com piloto), a potência aumentou de 200 kW (268 cv) para 350 kW (470 cv) e a capacidade de regeneração energética progrediu de 15% para 40%. Ou seja, o desporto contribui para o desenvolvimento de mais e melhores soluções para os automóveis de estrada.

 

É aqui que entra o protótipo DS E-Tense Performance, automóvel conceptual que vai além do mero ‘show-car’, por dispor de um carácter funcional. Ou seja, o “coupé” integra muitas tecnologias que também se podem encontrar nos Fórmula E, com a marca a destacar a importância de contar com o modelo como um laboratório de desenvolvimento em tamanho real que tem sido usado por pilotos e engenheiros para preparar o futuro.



Refinado pela pista

O E-Tense Performance não tem como propósito a comercialização ou a antevisão de um modelo de produção, mas encerra em si o potencial de demonstrar o caminho a seguir pela DS Automobiles nos próximos anos, sobretudo em matéria de integração tecnológica. Além da aerodinâmica bastante cuidada e esculpida pelos desígnios do túnel de vento – destacando-se ainda a cor camaleónica da carroçaria que lhe confere uma aura misteriosa –, este estudo partilha uma enormidade de componentes com o monolugar da Fórmula E.

 

A estrutura monocoque em carbono, o volante, os bancos, os motores elétricos (melhorados), o inversor, os amortecedores e o sistema de travagem mecânica e regenerativa são iguais aos que se encontram nos carros de pista, a que se junta, ainda, o “software” de gestão de energia elétrica, que é essencial para reduzir os consumos (a marca aponta um valor inferior a 10 kWh/100 km).



 Contando com dois motores elétricos – um dianteiro de 250 kW e um traseiro de 350 kW –, este E-Tense Performance anuncia uma potência total de 815 cv/600 kW e um binário máximo de 8000 Nm. Com apenas 1200 kg, o protótipo acelera dos zero aos 100 km/h em 2 segundos, tirando ainda partido de um sistema de travagem 100% regenerativo que apenas recorre ao sistema convencional mecânico em casos extremos. A desaceleração faz-se por via da regeneração (até 600 kW), obtendo-se dessa forma uma melhoria na eficiência absoluta.


Colocada em posição central traseira, a bateria de 900V foi desenvolvida com a TotalEnergies (e a sua subsidiária Saft) e feita à medida deste “laboratório rolante”, dispondo de revestimento em materiais compósitos (carbono e alumínio) e arrefecimento imersivo das células. Para o carregamento, o sistema “aceita” até 350 kW de potência, o que lhe permite repor o nível de carga, de zero a 100%, em apenas 5 minutos.



Nota, ainda, para as jantes de 21” com efeito aerodinâmico e para ideias estéticas relevantes, como a nova face dianteira com logótipo em efeito tridimensional, a assinatura luminosa com 800 LED e as duas câmaras em vez de faróis, que também permitem uma recolha muito apurada dos dados da condução. Na traseira, o grande difusor inferior destaca-se e dá conta do trabalho feito na vertente aerodinâmica, não faltando as insígnias “E” referentes à filosofia desportiva da divisão Performance da DS.

 

Ao mesmo tempo, defensora do conceito ‘savoir-faire’ do luxo francês, a marca não descurou o conforto nem as mordomias, pelo que, se os bancos de estilo “bacquet” e o volante de Fórmula E (do FE21) remetem para o automobilismo, outros detalhes de desenho e revestimentos em couro preto apontam para esse mesmo ideal de requinte. O painel de instrumentos digital mede 12”, enquanto o ecrã central é ligeiramente mais pequeno, medindo 10”. Não falta, até, um sistema de som FOCAL Utopia, estreando um par de colunas Scala Utopia Evo exclusivas, nas cores do protótipo.



Gama cada vez mais eletrificada

Lançada enquanto marca independente em 2014, a DS Automobiles está a celebrar o 10.º aniversário e, até ao momento, conta com mais de 250 mil automóveis vendidos na Europa. Como pilar central da sua estratégia, a eletrificação será aprofundada ao longo dos próximos meses, pois os novos automóveis a lançar este ano serão 100% elétricos. A partir de 2026, versões EV em todos os modelos, num compromisso para com a redução das emissões poluentes.

 

Em Portugal, a DS Automobiles está no “top-8” das marcas “premium”, com 2% de quota de mercado do mesmo segmento, merecendo destaque, sobretudo, o desempenho comercial do DS 7 (83% das vendas com modelos eletrificados). De acordo com David Correira, diretor da marca da DS Automobiles em Portugal, os automóveis eletrificados representaram 68% do total das vendas em 2023, naquele que é um bom pilar para o crescimento que aí vem.

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