top of page
Foto do escritorJosé Caetano

Dongfeng, Voyah e M-Hero em Portugal

A Salvador Caetano Auto soma três marcas chinesas a portefólio que já tinha BYD e XPENG: Dongfeng, Voyah e M-Hero. Todas operam sob o “chapéu” do fabricante fundado em 1969, com a missão de fazer camiões e viaturas militares, que integra os “Big Four” propriedade de Pequim. No arranque, cinco automóveis elétricos, do Dongfeng Box, o “David”, ao Mhero I, o “Golias”!



A corrida à eletrificação do automóvel imposta pela União Europeia (UE), imposta, politicamente, com a proibição do comércio de motores de combustão interna em 2035, facilita o aparecimento de muitos protagonistas num mercado concorrido e, por isso, competitivo. Os chineses perceberam-no muito rapidamente e adotaram a região como base para a implementação de projetos expansionistas ambiciosos que somam problema aos muitos problemas com que quase todos os fabricantes europeus estão confrontados, uma vez que a obrigação de aumento na velocidade da mudança no paradigma tecnológico dominante, o que pressupõe investimento, coincide com momento de instabilidade económica e social que tem impacto nas vendas.


Portugal encontra-se no roteiro de muitos construtores do país asiático. São os casos da Dongfeng e das subsidiárias Voyah e Mhero

Bruxelas, para salvaguarda da indústria europeia, recorreu a política protecionista, aumentando os impostos sobre os automóveis elétricos produzidos da China. Mal e tardiamente, “casa roubada, trancas à porta”!... Em 2023, com 24 marcas ativas na Europa, a quota de mercado dos fabricantes chineses atingiu os 2,5% (321.300 automóveis em 12,81 milhões), antecipando-se que derrubem a barreira dos 10% em 2034, de acordo com as estimativas mais conservadoras. E Portugal encontra-se no roteiro de muitos construtores do país asiático. São os casos da Dongfeng e das subsidiárias Voyah e Mhero, três marcas que a Salvador Caetano Auto soma a portefólio que já contava com BYD e XPENG!



Portugal, na eletrificação do automóvel, encontra-se bem posicionado no pelotão europeu. Os números provam-no: os automóveis com a tecnologia representaram 28,2% das matrículas em outubro, enquanto o acumulado de 2024 corresponde a 14,7% de quota de mercado. Trata-se, portanto, de mercado excelente para o Box, o subcompacto com que a Dongfeng ambiciona contribuir para a massificação da alternativa número um aos motores térmicos!

 

Proposto por 26.750 € (22.750 €, utilizando o apoio ao abate de usados com idade igual ou superior a 10 anos), este segmento B novo com 4,030 m dispõe de bateria com 42,3 kWh de capacidade que permite percorrer até 310 km entre recargas, de acordo com norma de homologação europeia WLTP. No Box, motor com 70 kW/90 cv e 160 Nm, 140 km/h de velocidade máxima (limitada), bagageira com 326 a 945 litros e muito equipamento.



Três marcas, cinco automóveis elétricos

A Dongfeng é a marca generalista do fabricante chinês. A Voyah apresenta-se com ambição “premium” e gama mais diversificada. O “ponta de lança” é o Courage. O SUV prometido para o início de 2025 tem 4,725 m e duas versões (baterias com 80 kWh): na Exclusive, tração traseira, 215 kW (292 cv) e até 476 km de autonomia; na Luxury, tração integral, 320 kW (435 cv) e até 446 km entre recargas. 6,9 s no 0-100 km/h para a primeira e 4,9 s para a segunda, 200 km/h de velocidade máxima para ambas.



O Free também é Sport Utility Vehicle (SUV), mas posiciona-se acima do Courage, no segmento D, e mede 4,905 m. Este modelo com 360 kW (489 cv) e quatro rodas motrizes dispõe de bateria com 106 kWh de capacidade, o suficiente para até 500 km de autonomia. A marca chinesa anuncia 200 km/h, 0-100 km/h em 4,4 s. Entre o equipamento de série, suspensão pneumática e painel de bordo com ecrã triplo ajustável. O topo de gama da Voyah, o Dream, tem arquitetura do tipo MPV, bateria com 108,7 kWh de capacidade (até 482 km de autonomia). Este modelo com sete lugares, como o Free, tem dois motores elétricos (320 kW/435 cv) e tração integral.



O automóvel mais exclusivo do “mundo” Dongfeng é o M-Hero I. O 4x4 tem quatro motores elétricos que rendem 800 kW/1088 cv e são alimentados por bateria com 142,7 kWh, capacidade suficiente para até 450 km de autonomia (estimada). Este “Golias” consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 4,2 s apresenta-se com o estatuto de embaixador da capacidade técnica e da competência tecnológica do consórcio baseado em Wuhan, mas tem duas condicioantes quase tão “demolidores” como o desenho à “Hummer”: é muito caro (150.000 € a 200.000 €) e, devido às mais de 3,5 toneladas, requer habilitação legal para condução de… pesados!


A Dongfeng tem 55 anos de história, vendeu cerca de 2,42 milhões de automóveis em 2023

 

A Dongfeng tem 55 anos de história, vendeu cerca de 2,42 milhões de automóveis em 2023 e mantém parcerias industriais com Honda, Nissan e Stellantis na China. Em Portugal, rede com 15 pontos de venda até ao final de 2025. Luís Santos lidera equipa que ambiciona 1000 matrículas durante o próximo ano e 2000 em 2026.

0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page