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Cupra Tavascan VZ Adrenaline

Atualizado: 29 de jun.

A Cupra sonhou-o em 2019, apresentando protótipo com o mesmo nome no salão de Frankfurt, apresentou-o agora e prepara-se para introduzi-lo no mercado após o verão. Para os adeptos das teorias freudianas, a produção do Tavascan, automóvel para posicionar no topo da gama da marca que trabalha na dependência direta da Seat, é a “realização de um desejo”.



Este modelo com motores elétricos em vez de mecânicas térmicas rompe com todas as normas e combina desenho estimulante com prestações excitantes, o que combina com o posicionamento perseguido por marca criada há seis anos e que soma recordes de vendas sucessivos (contributo determinante para os resultados muito positivos da empresa espanhola).


O Tavascan com 4,64 m de comprimento e 2,76 m entre eixos é apenas o segundo elétrico da Cupra, surgindo três anos depois do lançamento do Born com 4,322 m de comprimento e 2,765 m entre eixos.

Como todos os elétricos do Grupo VW, os dois modelos baseiam-se na plataforma MEB do consórcio alemão, o que prova a modularidade da arquitetura técnica, mas características e posicionamentos são muito diferentes, mesmo se partilham qualidades, nomeadamente pata utilização quotidiana (conforto a bordo, reação rápida ao pedal do acelerador e suavidade de rolamento, por exemplo), ou até a produção fora de Espanha: Born em Zwickau, na Alemanha, Tavascan em Hefei, na China.



Existem só duas versões do Tavascan: Endurance e ZV. Na primeira, motor traseiro do tipo síncrono de imanes permanentes capaz de 13.000 rpm, 286 cv e tração às rodas posteriores. Na segunda, complementarmente, motor dianteiro assíncrono que trabalha apenas quando o comando eletrónico do sistema é confrontado com a exigência de mais capacidade de aceleração, 340 cv e tração integral. A bateria é de iões de lítio, tem 77 kWh de capacidade e permite recarregamentos rápidos até 135 kW. De acordo com o ciclo WLTP, as autonomias homologadas são de 568 km e 522 km, respetivamente.



Imagem impactante

O Tavascan apresenta-nos a linguagem de desenho mais moderna da Cupra, com elementos de estilo que também encontramos nas edições novas do Formentor e do Leon (três triângulos na assinatura luminosa entre os itens mais marcantes) – a marca espanhola, recorda-se, tem outro automóvel sobre a rampa de lançamento, o Terramar, também com estreia comercial programada para este ano. Na traseira, entre os farolins, faixa horizontal de LED interrompida só pelo logotipo (iluminado) do fabricante. Encontramos o mesmo tipo de tecnologia na dianteira, no emblema e na grelha, devido à eliminação da norma que a proibia na legislação europeia. E, assim, SUV com imagem mais atrativa, diferenciada e impactante.

 

O desenho do interior é ainda mais escultural e futurista, devido a elemento que a Cupra designa de “espinha dorsal”, tem a forma de “V” e associa o painel de bordo à consola. A ideia, pela originalidade, surpreende positivamente, e a qualidade de materiais e montagem nunca dececiona. No Tavascan, a eletrificação combina-se com a digitalização, encontrando-se monitores com 5,3’’ e 15,0’’, respetivamente, para a instrumentação e o sistema multimédia. Neste item, identificação absoluta com o Grupo VW, que propõe combinações iguais noutros modelos, incluindo nos que competem na mesma categoria deste automóvel.



A Cupra, no Tavascan, para simplificação da personalização do automóvel, propõe três pacotes de equipamentos, todos opcionais: Adrenaline, Extreme e Winter. Os dois primeiros são os mais desportivos. Incluem, entre outros itens, jantes de 21’’, Head-Up Display com tecnologia de realidade aumentada, suspensão adaptativa DCC Sport, teto panorâmico em vidro, sistema de som Sennheiser, revestimentos dos bancos em pele sintética e bancos dianteiros com regulações elétricas. Todos os modelos da gama contam com as assistências eletrónicas à condução exigidas pelas regras europeias, mas a marca propõe mais recursos, nomeadamente apoio às ultrapassagens em autoestradas e tecnologia de comunicação entre automóvel e infraestrutura rodoviária (Car2x) – atualmente, encontra-se disponível apenas na Alemanha.



No Tavascan, seletor da caixa junto ao volante e sistema de iluminação do interior que associa a forma à função, por colaborar na informação do condutor através de mudanças de cor – por exemplo, esta situação regista-se sempre que é detetada a aproximação de veículo no ângulo morto do retrovisor ou sempre que ativamos os intermitentes. Como noutros modelos do Grupo VW baseados na MEB, o controlo dos quatro vidros faz-se em comando na porta do condutor, o que é pouco prático. Na capacidade de carga e na habitabilidade, o Cupra mais do que satisfaz. A mala tem 540 litros de capacidade com os encostos dos bancos posteriores na vertical, enquanto os passageiros sentados nos lugares de trás encontram espaço q.b. em todas as direções.



Experiência de condução

No primeiro contato dinâmico, experimentámos a versão de topo (VZ) com pacote Adrenaline que integra, nomeadamente, bancos CupBucket com melhores apoios laterais. O Cupra Tavascan não tem tato tão desportivo como antecipávamos, mas comporta-se muito meritoriamente, se não esperarmos reações muito ágeis, nem acelerações e recuperações estonteantes. Este automóvel tem 340 cv, sim, mas o peso na ordem das 2,2 toneladas… pesa!

 

No VZ Adrenaline, jantes de 21’’ e suspensão adaptativa DCC Sport, com 15 níveis de regulação da firmeza do amortecimento.

Independentemente do modo ativo, o Cupra nunca é demasiado desconfortável, absorve bem as irregularidades do piso e tem capacidade de controlo dos movimentos da carroçaria em curva. Todavia, o controlo de estabilidade intrusivo, mesmo ativando-se programa intermédio mais permissivo, a direção pouco informativa e o tato dos travões, porventura devido ao funcionamento do sistema de recuperação e regeneração da energia, penalizam o desempenho dinâmico do Tavascan. Valem-lhe, portanto, a estabilidade acima da média e reserva de potência que encontramos quando esmagamos o acelerador.



Os seis programas de condução – Range, Comfort, Performance, Cupra, Traction e Individual – ativam-se em comando no volante. O sexto admite a personalização à medida, permitindo, por exemplo, regular a firmeza da suspensão, a sensibilidade do acelerador, a assistência da direção ou a atuação da climatização e de diversas assistências eletrónicas. Para a seleção do modo de ação mais desportivo, Cupra, também há comando específico no volante. Já o sistema de travagem regenerativa tem três níveis predefinidos que controlamos em patilhas no volante ou programa automático que trabalha em função do tráfego, mas nenhum pára a marcha deste automóvel sem pisarmos o pedal do travão.

 

A Cupra, para o Endurance, promete 0-100 km/h em 6,8 s e velocidade máxima de 180 km/h (limitada).

O topo de gama VZ é mais rápido, com 5,5 s no arranque de 0 a 100 km/h. Também nesta versão, para proteção da autonomia, apenas 180 km/h de velocidade máxima. O SUV vende-se com cinco cores exteriores, jantes de 19’’ a 21’’ e três ambientes interiores.


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