Temperaturas baixas, chuva e até mesmo neve. Saiba como adaptar a sua condução ao inverno que se aproxima com dicas de um profissional, de acordo com o experimentado Jan Kopecký, o checo que venceu a categoria WRC2 na edição-2018 do Mundial de Ralis, num Skoda Fabia R5.
Ainda que em Portugal não seja habitualmente palco de intensos nevões e da ocorrência de temperaturas exageradamente baixas que podem levar a criação de gelo na estrada, estes fenómenos podem ocorrer pontualmente em zonas específicas do nosso país. Por outro lado, durante umas merecidas férias de inverno, podemos até deslocar-nos a um destino onde estas condições sejam mais comuns, sendo absolutamente essencial que nos saibamos adaptar a condições que não estamos habituados a enfrentar.
Assim, ninguém melhor do que um experiente piloto de ralis como Jan Kopecký, campeão do mundo do WRC2 em 2018, para partilhar alguns conselhos sobre como identificar potenciais situações de perigo na estrada e como deve ser feita uma adaptação às exigentes condições do inverno, onde a prevenção e antecipação são palavras-chave para que as viagens sejam realizadas em segurança, não esquecendo, igualmente, uma correta e atempada manutenção do veículo. Em termos de equipamento, os automóveis devem ter sempre um raspador e escova para remoção da neve e gelo dos vidros e é também importante assegurar que o depósito do limpa para-brisas está abastecido e dispõe de anticongelante. A bateria deve também ser verificada, uma vez que as temperaturas baixas podem afetar o seu desempenho.
De acordo com o piloto da República Checa, algo que é de extrema importância – não apenas nas estações do outono e inverno – é evitar as distrações durante a condução, mantendo, ao mesmo tempo, uma distância de segurança suficiente para o veículo anterior e outros utilizadores da via, bem como uma velocidade constantemente adequada à variabilidade das condições climatéricas. No caso das viagens durante o inverno, é até aconselhável que se consultem as previsões meteorológicas de forma a antecipar a hora de partida para evitar situações stressantes durante o percurso. Deve ainda garantir-se que o automóvel não tem neve acumulada que possa dificultar a visibilidade através das janelas e deve ser também prevista a possibilidade de ser obrigatória a utilização de pneus de inverno ou de correntes em algumas zonas.
Em climas marcados por baixas temperaturas, manchas mais escuras na estrada são normalmente sinónimo de zonas especialmente escorregadias, pelo que se o asfalto parecer muito brilhante, deve aliviar-se gentilmente a pressão no pedal de acelerador. E quando existir neve acumulada no asfalto, a superfície é frequentemente muito escorregadia, situação que pode piorar devido à utilização de sal para a derreter, transformando-a em lama, o que também reduz a aderência.
Manter sempre a calma e nunca esquecer que a distância de travagem neste tipo de condições pode ser até quatro vezes superior à obtida em condições normais de aderência.
Se a neve for firme e compacta, a velocidade também deve ser reduzida, pois a estrada pode estar congelada sob o “tapete branco”, algo que pode passar despercebido ao condutor. Manter sempre a calma e nunca esquecer que a distância de travagem neste tipo de condições pode ser até quatro vezes superior à obtida em condições normais de aderência. Devem igualmente ser evitados quaisquer movimentos bruscos na direção, bem como solicitações exageradas em termos de aceleração e travagem que possam exceder repentinamente os reduzidos limites de aderência. Boa viagem.
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