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Foto do escritorPedro Junceiro

CEO da Bugatti “jura” fidelidade à combustão interna

Mate Rimac, CEO da Bugatti, mas também da sua própria marca, a Rimac, garante que a fabricante francesa de hiperdesportivos vai permanecer fiel aos motores de combustão



O futuro da mobilidade rodoviária parece estar totalmente entregue aos modelos elétricos ou, noutros casos, ao hidrogénio, mas Mate Rimac, CEO da Bugatti, garante que a marca francesa de hiperdesportivos tem tudo para continuar a produzir e a vender motores de combustão interna.

 

Com o sucessor do Chiron no horizonte e já com um V16 híbrido confirmado para esse modelo, Rimac, que também detém a marca homónima de automóveis elétricos, está empenhado em manter uma distinção entre essas duas companhias, com a Bugatti aparentemente destinada aos motores de combustão interna, como garantiu recentemente num evento em Londres, no Reino Unido, o FT Future of the Car.



Interrogado sobre a proibição de venda de automóveis com motor de combustão a partir de 2035, já aprovada pela União Europeia, mas ainda potencialmente sujeita a ajustes consoante o ritmo de adoção da tecnologia nestes últimos meses, Mate Rimac explicou que não vê grande problema na legislação em preparação.


“Não vejo qualquer razão para não fazê-los [motores de combustão interna] para lá de 2035. Desenvolvemos um motor completamente novo e queremos usar esse motivo durante algum tempo. Li a legislação e não vejo uma razão para que seja impossível”, é citado o croata no site AutoExpress.

 

“As manchetes dizem que os carros com motor de combustão interna vão ser banidos a partir de 2035, mas leem as letras pequenas e isso não aparece em lado nenhum – ainda vão poder ser produzidos, mas podem existir algumas penalizações”, acrescentou ainda Rimac, que referir-se-á ao potencial de adoção de combustíveis sintéticos como garantia de que os automóveis de combustão poderão continuar a ser vendidos ao abrigo do conceito “emissões zero”.



E nesse âmbito admite até uma solução inusitada: bombas de gasolina para os seus clientes. “Podemos até fazer algumas belíssimas bombas de combustível da Bugatti para as casas dos seus proprietários, utilizando combustíveis sintéticos”, frisou.

 

No que diz respeito ao sucessor do Chiron, Mate Rimac garante que nenhuma peça será partilhada com outro modelo, seja com o supracitado Bugatti, seja com o Rimac Nevera, um hiperdesportivo 100% elétrico de prestações estratosféricas. Aquilo que garante é que o novo Bugatti terá um nível de qualidade de produção excecional, mesmo nos componentes que estarão ocultos do olhar dos proprietários.

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