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Cayenne muito modernizado: três versões novas em exame

Atualizado: 11 de dez. de 2023

Na Porsche, atualização importante da terceira geração do Cayenne, de 2018. Na gama, duas carroçarias e seis versões, incluindo quatro PHEV. Potências entre 354 cv e 739 cv, preços a partir de 117.464 €



O Cayenne é o automóvel mais bem-sucedido comercialmente da Porsche (em 2023, o Sport Utility Vehicle valeu 30,85% das vendas da marca alemã, registo que corresponde a 95.608 automóveis do total recorde de 309.884…) e o segredo por trás do sucesso de fabricante que adotou o formato em 2002 para criar linha de negócio nova que acabou com a dependência do 911 ou do Boxster e, sobretudo, proporcionou acesso a fonte de rendimento que mudou o rumo da empresa, garantindo-lhe dinheiro e futuro. À época, recorda-se, o construtor vendia menos de 30.000 desportivos por ano!…

Em 21 anos de Cayenne, produziram-se três gerações e venderam-se quase 1,3 milhões de exemplares. Nesta ponta final de 2023, atualização importante do SUV apresentado em 2018, com a modernização do automóvel a beneficiar todas as áreas relevantes, do desenho (exterior e interior) às mecânicas, do chassis aos equipamentos. A atualização também beneficia o Coupé apresentado apenas nesta edição do modelo, mas também de forma muito bem-sucedida, como demonstra, por exemplo, o facto de valer (quase) 70% das vendas no nosso País.


Na gama nova, já em comercialização, Cayenne com 354 cv (SUV por 129.115 €, Coupé por 133.116 €) ou Cayenne S com 475 cv (165.374 € e 170.746 €) e, ainda, três híbridos Plug-In que partilham o sistema elétrico com motor de 130 kW (176 cv) alimentado por bateria de iões de lítio com 25,9 kWh de capacidade (somente 21,8 kWh ão úteis), que substitui o acumulador com 17,9 kWh de capacidade montados nos PHEV introduzidos na terceira geração do SUV, o que pressupõe, consequentemente, modos de condução 100% EV com autonomias maiores! A potência do carregador de bordo aumenta de 7,2 kW para 11 km, com os tempos de recarga a diminuírem de 3.22 horas para 2.18 horas.

Os três PHEV são o E-Hybrid com 470 cv (117.462 € e 120.537 €), o S E-Hybrid com 519 cv (127.381 € e 131.688 €) e o Turbo E-Hybrid com 739 cv (190.174 € e 193.741 €). Este SUV, o mais potente e veloz no catálogo, também está disponível no pacote GT, mas só na variante Coupé (224.079 €).



Na Catalunha, na estreia dinâmica do Cayenne novo na Península Ibérica, oportunidade para experimentarmos tão-somente as três versões menos potentes. Na versão básica, a mecânica V6 3.0 Turbo a gasolina ganha 13 cv e 50 Nm, disponibilizando, por isso, um máximo de 354 cv e 500 Nm, rendimento suficiente para arranques 0-100 km/h em 5,7 s e velocidade máxima (anunciada) de 248 km/h. No modelo S, V8 4.0 biturbo com 474 cv e 600 Nm no lugar do V6 3.0 turbo com 441 cv e 550 Nm, e 4,7 s e 273 km/h em vez de 5,2 s e 265 km/h. No E-Hybrid, o rendimento combinado dos dois motores (térmico e elétrico) é de 470 cv e 650 Nm (4,9 s e 254 km/h), mas o facto que mais sobressai é o aumento de 44 km para 74 km da autonomia do programa de condução EV, segundo os parâmetros da homologação europeia WLTP. E, de acordo com esta norma, o consumo médio diminui para menos de metade, de 3,2 l/100 km para 1,5 l/100 km, enquanto as emissões de CO2, igualmente considerando os valores médios, baixam de 72 g/km para 33 g/km! Em contrapartida, nas performances, progressos marginais, com mais 1 km/h de velocidade máxima (254 km/h) e menos 0,1 s na aceleração 0-100 km/h (4,9 s).


Porsche Driver Experience

Na modernização do interior do Cayenne, Taycan adotado como modelo, com a estreia no SUV do Porsche Driver Experience introduzido com a berlina elétrica na gama desde 2019 (a marca também recorreu a esta fórmula inteligente de digitalização do painel de bordo para a terceira geração do Panamera, que apresentou recentemente). O sistema combina os monitores para instrumentação (12,6’’), equipamento multimédia (12,3’’) e passageiro dianteiro (10,9’’) – o terceiro é opcional, dispõe do mesmo tipo de comando tátil que o segundo e encontra-se posicionado acima do porta-luvas.

As mudanças no interior estendem-se à consola entre os bancos dianteiros, desde logo com o reposicionamento do seletor da caixa no painel de bordo, à direita do volante. O sistema mantém patilhas para engrenarmos as relações. A decisão libertou espaço para a inclusão de comandos novos para a climatização, físicos ou hápticos (leia-se sensíveis ao toque). Também em estreia no campeão de vendas da Porsche, o botão de arranque à esquerda do volante partilhado com o 911, que integra, ainda, o seletor de modos de condução. Nas versões híbridas, existem programas que otimizam o funcionamento do sistema (Hybrid), também para manutenção de níveis mínimos de energia na bateria, e ativam a condução EV (Eletric), à velocidade máxima de 135 km/h, excluindo-se apenas o Normal que figura entre os quatro de todos os Cayenne (Off Road, Sport e Sport Plus) – pressionando-se o Sport Response Button no centro deste comando rotativo prepara-se motorização, transmissão ou suspensão para 20 segundos de capacidade máxima de aceleração. Opcionalmente, Porsche Driver Experience com Head-Up Display.


Chassis (muito) otimizado

A Porsche também otimizou o chassis do SUV! Cayenne, Cayenne S e Cayenne E-Hybrid partilham versão nova da suspensão PASM com controlo eletrónico do amortecimento: no sistema, combina-se molas de aço e amortecedores de duas válvulas, o que permite controlo mais capaz e de modo autónoma quer da compressão, quer da extensão, para progresso tanto no conforto de rolamento como na agilidade em curva, a consequência muito positiva da minimização dos movimentos da carroçaria. No S E-Hybrid e no Turbo E-Hybrid, suspensão pneumática ativa com tecnologia de duas câmaras e duas válvulas por amortecedor, sistema que aumenta, também, a precisão e a rapidez de resposta ao volante e é sensível ao modo de condução selecionado, registando-se mudança notória no comportamento em Normal, Sport ou Sport Plus. A tração integral é série, enquanto o programa de vectorização do binário nas rodas posteriores (PTV Plus), o eixo traseiro direcional e as barras estabilizadoras ativas equipam de origem só as versões colocadas no topo de gama.


Sem surpresa, a Porsche também aumentou e melhorou o equipamento do Cayenne. A novidade mais relevante é o sistema HD-Matrix LED que beneficia muito o potencial de iluminação (mais de 32 pixéis por farol dianteiro), com impactos positivos no conforto e na segurança da condução, qualidades relevantes num SUV tão potente e veloz. O topo de gama tem 740 cv, mais 60 cv que o SUV antecessor, acelera de 0 a 100 km/h em 3,7 s e atinge 295 km/h! Adicionalmente, percorre até 73 km em modo EV, só menos 5 km que o PHEV com mais autonomia (S E-Hybrid). Na versão com o pacote GT, proposta só na configuração Coupé, performances ainda mais excitantes (0-100 km/h em 3,6 s, 305 km/h). Explicam-nas, por exemplo, a aerodinâmica específica, o escape em titânio com ponteiras centrais, os pneus mais largos, a suspensão pneumática rebaixada (10 mm) e, também ou a fibra de carbono no tejadilho, no aileron e no difusor. Os discos de travão são os PCCB em cerâmica e têm pinças encarnadas.


A versão mais potente na história do SUV da Porsche não estava disponível para testes na Catalunha, Espanha. Portanto, para início de conversa, selecionámos um E-Hybrid e privilegiámos o modo Elétrico para confirmarmos o aumento na autonomia prometido pela bateria com mais capacidade (77 a 90 km, dependendo da condução), que pára só com o consumo de toda a energia armazenada. Utilizado moderadamente (leia-se sem acelerações excessivas), permitiu-nos percorrer sete dezenas de quilómetros! O motor elétrico adormece sempre que ativamos o Sport ou o Sport Plus, não despertando nem quando retiramos o pé do acelerador, para deixarmos o Porsche mover-se livremente. No Híbrido, bem mais ação, principalmente explorando-se a função manual controlada sequencialmente em patilhas no volante da caixa de 8 velocidades (Tiptronic S está em todos os modelos da gama).


Esta fórmula também é a que valoriza mais a condução desportiva do Cayenne com V6 de 354 cv, suspensão pneumática e pneus mais largos no eixo traseiro (rodas de 22’’)… O SUV novo com tração integral surpreendeu pela agilidade, estabilidade e precisão de chassis com direção excecional e travões soberbos e capacidade de resposta do motor. Finalmente, experimentámos o S com V8 de 475 cv. Também neste caso, desempenho dinâmico ótimo, devendo sublinhar-se que a firmeza do amortecimento nunca diminui o conforto nem a suavidade de rolamento e as dimensões e o peso não condicionam o desempenho desportivo. Imagine o que valem os modelos mais potentes da gama!...



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