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CATL avisa: baterias de estado sólido não são solução

Maior produtora de baterias do mundo, a CATL alerta que a tecnologia de estado sólido está longe de ser prática e segura e que ainda está longe de poder ser uma alternativa viável



Vistas como o passo seguinte na tecnologia de eletrificação para os automóveis, as baterias de estado sólido podem não representar, afinal, uma solução prática e segura, de acordo com o fundador e CEO da maior produtora de baterias do mundo, Robin Zeng.

 

Acrónimo para Contemporary Amperex Technology Company Limited, a sigla CATL tornou-se comum no mercado automóvel ao ser atualmente a maior produtora mundial de baterias de iões de lítio, que é a tecnologia dominante no que diz respeito à mobilidade elétrica. Porém, os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos em torno das baterias de estado sólido levam muitos construtores de veículos e fabricantes de baterias a olhar para esta solução como a mais promissora para acabar com a tão propalada ansiedade de autonomia, termo cunhado para definir o estado emocional dos condutores em relação aos limites de alcance.

 

Ao prometerem, em muitos casos, capacidades elevadas (geralmente acima dos 100 kWh), maior densidade energética (logo, peso inferior) e autonomias acima dos 1.000 km, as baterias de estado sólido assumem, assim, um estatuto privilegiado nos planos de desenvolvimento das marcas automóveis para o futuro: companhias como a Toyota e a Nissan estão a investir e a investigar ativamente esta tecnologia, com planos para as colocar na estrada nos últimos anos desta década.



O aviso de Zeng 

Mas, de acordo com um dos maiores especialistas mundiais em baterias, Robin Zeng, da CATL, a tecnologia de estado sólido poderá não ser a tão almejada solução, afirmando em entrevista ao Financial Times que as baterias de estado sólido são pouco práticas, pouco fiáveis e até inseguras, mostrando reservas quanto aos avanços e programas de lançamentos aventados pelas marcas.

 

“Apoiamos completamente [as baterias de] estado sólido, mas tenho investido nisto por dez anos. Vejo as equipas de desenvolvimento a trabalhar no estado sólido quase todos os meses, por isso conheço todos os progressos e, de alguma forma, ainda temos estes obstáculos, é citado no Financial Times (artigo por subscrição).



A grande questão, para o CEO da CATL, prende-se com as atuais composições químicas das baterias que não permitem vários ciclos de carregamento ou até a própria segurança das células de baterias.

 

“Não conseguem durar muitos ciclos [de carregamento]. Como é que vão conseguir torná-las comercialmente viáveis?”, argumenta Zeng.

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