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BMW iX2 xDrive30

É o derivado elétrico do X2, SUV com apresentação e orientação desportivas que a marca alemã desenvolveu a partir do X1, e apresenta-se em duas versões, com 204 cv (xDrive20) ou 313 cv (xDrive30). Na primeira, tração apenas às rodas dianteiras e mais quilómetros entre recargas da bateria (até 478 km, anuncia-se). Na segunda, sistema 4x4 (tecnologia xDrive) e “performances” melhores. Em exame, o modelo posicionado no topo da gama.



A eletrificação do automóvel não é nova para BMW. Em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique, o fabricante que tem o quartel-general montado na mesma cidade da Baviera, Alemanha, apresentou o 1602e, a primeira berlina sem mecânica térmica na história de marca alemã. Os desenvolvimentos na tecnologia, depois e durante décadas, conseguiram-se de forma (quase) anónima, encontrando-se, no entanto, registos da produção de alguns protótipos. A situação manteve-se assim até 2008, o ano do arranque da comercialização do primeiro elétrico do consórcio, que tinha o emblema da Mini.


Em 2030, cumprindo-se os objetivos autoimpostos, a tecnologia corresponderá a 50% das vendas globais do fabricante alemão.

O resto desta história conhece-se muito melhor. A BMW também reagiu à decisão da União Europeia de proibir o comércio de motores de combustão interna dentro das fronteiras da região a partir de 2035 com investimentos massivos na mudança de paradigma no automóvel. Em 2030, cumprindo-se os objetivos autoimpostos, a tecnologia corresponderá a 50% das vendas globais do fabricante. O ano passado, representou 15%, mais seis pontos percentuais do que em 2022 (prova-se, assim, o crescimento rápido na procura, fenómeno potenciado pelo aumento do número de produtos no mercado).



Entre as novidades no catálogo da BMW encontra-se o iX2, derivado do X2 à venda apenas em versões elétricas. De momento, existem apenas duas: eDrive com 204 cv e xDrive30 com 313 cv. Na primeira, tração dianteira e até 478 km de autonomia (WLTP). Na segunda, quatro rodas motrizes e até 449 km. Concorrentes principais: Audi Q4 e-tron Sportback e Mercedes-Benz EQA. Comparando-os, o automóvel da marca de Munique é mais rápido, mas percorre menos quilómetros entre recargas da bateria. À prova, o topo de gama.


Concorrentes principais do BMW iX2: Audi Q4 e-tron Sportback e Mercedes-Benz EQA.

 

O iX2 aproxima-se bastante do iX1 baseado no X1 o Sport Activity Vehicle (SAV) de que deriva o X2, que tem a particularidade de combinar a imagem mais desportiva com mão cheia de características técnicas específicas que impactam a condução de forma muito positiva (vias 86 mm mais largas, por exemplo). Comparando só os dois BMW, o iX2, no mano a mano com o iX1, perde no peso (mais 10 kg), ganha na autonomia (mais 10 km), por associar as desvantagens das dimensões maiores às vantagens aerodinâmicas resultantes da zona dianteira mais pequena, devido aos menos 56 mm de altura do modelo com ares de coupé no desenho e no formato.



Nos quatro automóveis fabricados em Regensburg, Alemanha, sobre a arquitetura técnica UKL2 para compactos com tração dianteira ou integral, baterias de iões de lítio com 66,5 kWh de capacidade bruta (só 64,7 kWh são úteis). O sistema admite carregamentos com corrente alternada até 11 kW de potência (nestas situações, o reabastecimento de energia, de 0 a 100%, demora cerca de 6h30). Já com corrente contínua, encontrando-se ponto capaz de 130 kW de potência, 10-80% em 0h28! A BMW, opcionalmente, também disponibiliza carregador com 22 kW, que reduz o tempo de espera, na primeira condição, para apenas 3h45, também de 0 a 100%.


Tato e temperamento desportivos

Tratando-se de automóvel elétrico, o iX2 passou por otimização aerodinâmica que diminuiu os consumos de energia e aumentou os quilómetros percorridos entre as recargas da bateria. Esta intervenção técnica também diferenciou (mais) este SAV do “gémeo” com motores de combustão interna. As diferenças encontram-se, por exemplo, nas grelhas dianteiras – fechada no primeiro e aberta no segundo, devido às necessidades diferentes de refrigeração das mecânicas térmicas. Em qualquer dos modelos, em opção (BMW Iconic Glow), admite-se a iluminação da “moldura” do rim duplo, equipamento que destaca o(s) BMW na paisagem automóvel (integra o Pack Premium Plus, que soma 2861 € ao preço deste xDrive30 com rodas de 20’’ que custam 552 € e Pack Desportivo M Pro que representa mais 3325 €). E, assim, grão a grão, só em “suplementos”, paga-se mais 21.796 €!



Em contrapartida, de série, o iX2 conta com suspensão adaptativa M, recurso que beneficia muito tanto o conforto e a suavidade de rolamento como a desempenho dinâmico do automóvel, devido à capacidade do amortecimento quer para filtrar o peso, quer para moderar os movimentos da carroçaria em curva. E esta qualidade é importante, por valorizar o tato desportivo do BMW sem penalizar o bem-estar a bordo.

O interior do SAV com motor(es) elétrico(s) em vez de térmico é igual ao do X2, diferenciando-os apenas o apontamento azul no emblema da marca da hélice posicionado no centro do volante e as posições disponíveis no seletor da caixa de velocidades: D/B neste xDrive30, sendo que a segunda aumenta a recuperação de energia durante desacelerações e travagens, D/S no X2. Mas, independentemente da motorização, no painel de bordo, ecrãs digitais para a instrumentação (10,25’’) e o sistema multimédia (10,7’’). O sistema operativo é o 9.0 da BMW que associa a facilidade de utilização à rapidez de funcionamento.



Sem surpresa – o iX2 não é a exceção à regra entre os automóveis elétricos! –, este BMW move-se tão silenciosa como suavemente e reage instantaneamente a todos os movimentos no pedal do acelerando. O xDrive30 ganha velocidade com rapidez (arranque 0-100 km/h em 5,6 s) e esta característica, associada à firmeza “q.b.” da suspensão, assegura o tato e o temperamento desportivos habituais nos modelos da marca alemã. Direção e travões contribuem para esta impressão – a primeira é direta e rápida, os segundos são potentes e dissimulam o peso do automóvel. Por fim, saúde-se, também, a atuação (muito) intrusivo das assistências eletrónicas à condução, nomeadamente do controlo de estabilidade.


O iX2 tem diversos modos de condução, além de três intensidades de retenção de energia que selecionamos em menu específico no monitor do sistema multimédia (no adaptativo, adaptação automática à velocidade do veículo precedente). E este sistema admite, ainda, a desativação do funcionamento do sistema. Identificados com o automóvel, jogando-se com todos os recursos, melhora-se a experiência de condução e pressiona-se menos a capacidade de travagem.



No iX2, quinta geração da tecnologia de propulsão elétrica da BMW. Este sistema, provam-no os números (4,1 s na recuperação 80-120 km/h), proporciona agilidade acima da média na condução sem penalização excessiva do consumo de energia, embora existam automóveis mais eficientes na categoria (a marca anuncia média de 16,3 kWh/100 km, mas não registámos menos de 20 kWh/100 km, conduzindo de forma muito despreocupada!). Obviamente, também neste automóvel elétrico, mais acelerador, menos autonomia.




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