É o componente mais importante (e dispendioso) em todos os elétricos. Sabia que existem técnicas para extensão da durabilidade sem comprometer a fiabilidade, sendo que a mais óbvia passa por nunca deixar o acumulador sem carga ou sempre carregado a 100%?
Para qualquer utilizador de um veículo elétrico, a autonomia é uma questão que começa a ser ultrapassada atendendo ao robustecimento da rede de carregamento. Mas, para muita gente, continua a ser um mistério, sobretudo, o carregamento.
Tal como num smartphone ou computador portátil, a bateria de um veículo elétrico, sobretudo de tipologia moderna, conta com mecanismos de proteção que a impedem de estar totalmente descarregada ou totalmente carregada para impedir danos na sua composição e consequente durabilidade.
Conhecida a designação de capacidade bruta e utilizável, a primeira corresponde à capacidade total da bateria e a segunda à energia que pode ser, efetivamente, utilizada
Assim, embora o indicador do painel de bordo possa indicar 0% do estado de carga, isso não significa que esteja, efetivamente, totalmente descarregada.
Com efeito, resta alguma energia para poder chegar a um posto de carregamento e, mais importante, para manter a sua funcionalidade, já que é necessário manter o sistema de gestão de bateria operacional para posterior carregamento. Essa capacidade “escondida” não está acessível para viagem, sendo dessa forma apenas para manter a viabilidade da bateria.
Da mesma forma, o estado de carga a 100% também significa que apenas a capacidade útil está totalmente disponível, mas existe um pouco de mais de capacidade que permanece “oculta” para manter a fiabilidade da bateria.
É por este motivo que muitas das fichas técnicas de automóveis elétricos apresentam as capacidades bruta e “líquida”. Por exemplo, a bateria de iões de lítio de 54 kWh de capacidade bruta utilizada em muitos modelos do Grupo Stellantis, como o Peugeot E-2008, tem uma capacidade útil de 50,8 kWh.
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