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Palavrão obriga Verstappen a trabalho comunitário

Atualizado: há 2 dias

Conhecido por falar sem grandes “filtros”, o tricampeão mundial de Fórmula 1 respondeu com palavrão a uma pergunta na conferência de Imprensa que antecedeu o Grande Prémio de Singapura. Depois de investigado pela FIA, o piloto neerlandês foi penalizado com a obrigatoriedade de cumprir trabalho comunitário. Lewis Hamilton defendeu o rival.



O tricampeão mundoial de Fórmula 1 e líder do campeonato de pilotos, Max Verstappen, foi condenado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) a cumprir “alguma espécie de trabalho de interesse público”, depois de ter dito uma asneira durante a conferência de Imprensa de antecipação do Grande Prémio de Singapura, corrida realizada no domingo, no circuito citadino Yas Marina, e ganha pelo britânico Lando Norris, da McLaren-Mercedes.

 

Questionado sobre a prestação do seu monolugar na corrida precedente, no Azerbaijão, o piloto neerlandês respondeu que “o carro estava f…”, declaração que a FIA disse violar o Artigo 12.2.1.k do Código Desportivo Internacional. De acordo com os comissários, a entidade federativa deve assegurar que “a linguagem usada nos fóruns públicos, como conferências de Imprensa, cumprem os padrões aceites, geralmente, por todos os tipos de audiências”, sobretudo tendo em conta que os pilotos são “modelos a seguir” pelos fãs mais jovens.


Max Verstappen protestou contra a penalização da FIA durante as perguntas dos jornalistas na conferência após a qualificação, respondendo-lhes apenas "sim", "não" e "talvez"!

Nas suas aparições subsequentes em conferências de Imprensa – tanto após a qualificação, como depois da corrida –, o piloto da Red Bull-Honda RBPT optou por uma postura de protesto, quase não respondendo às perguntas dos jornalistas, assim deixando muito claro o seu desagrado com a situação. Verstappen, mais tarde, disse que esta polémica testou a sua paciência e que poderia ser uma razão para deixar o desporto.



Pilotos ao lado de Verstappen 

Os pilotos que já comentaram o caso posicionaram-se ao lado do piloto neerlandês, até mesmo aqueles com quem no passado já manteve batalhas “azedas”, o caso de Lewis Hamilton, que considerou a penalização como “uma piada. Isto é o pináculo do desporto, cometem-se erros. Eu, certamente, não estaria disponível para cumpri-lo [o trabalho comunitário] e espero que o Max também não o faça”.


Norris também se colocou ao lado de Verstappen

 

Lando Norris, vencedor do Grande Prémio de Singapura e rival na corrida ao título de 2024, também se colocou ao lado de Verstappen, dizendo que “é injusto, não concordo”. Adicionalmente, Toto Wolff, diretor da Mercedes-AMG Petronas, manifestou-se contra qualquer espécie de penalização por utilização de linguagem menos própria, sobretudo quando se está num desporto que envolve tanto dinheiro.



O tema será debatido pela Associação de Pilotos (GPDA), liderada por Alex Wurz, austríaco que recordou como a popularidade da modalidade, no passado recente, até foi ampliada pelos palavrões de Günther Steiner, ex-diretor da escuderia norte-americana Haas.

 

“Quantos serviços comunitários vitalícios é que o Steiner cumprirá por utilizar a palavra começada por 'f'? Ele até foi glorificado por utilizá-la. A Netflix transmitiu-o no mundo inteiro e sem quaisquer problemas”, afirmou Wurz, em Singapura, numa alusão à série “Drive to Survive” disponível naquele serviço de “streaming”.

 

O tema será discutido entre os pilotos para tentarem perceber se existe consenso para falar com a FIA sobre esta situação.



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