Mais um passo na expansão da rede nacional de radares: a 6 de julho entram em vigor mais 25 radares novos, dos quais 14 são de controlo de velocidade instantânea e 11 de velocidade média
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) anunciou a entrada em vigor de mais 25 radares novos no próximo dia 6 de julho, dando mais um passo na expansão do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO).
Com mais estes 25 novos locais de controlo de velocidade – dos quais 14 são de verificação de velocidade instantânea e 11 de controlo de velocidade média –, a rede SINCRO passa a ter um total de 123 radares, dos quais 100 são de controlo de velocidade instantânea e 23 de velocidade média.
Em comunicado, a ANSR revela que estes 25 novos locais de controlo de velocidade entram em funcionamento no dia em que se celebra o oitavo aniversário da entrada em funcionamento da rede SINCRO.
Garantindo que tem pautado a sua atuação pela transparência, a ANSR explica que todos os locais de controlo de velocidade estão devidamente assinalados por sinais de trânsito, além de comunicar as localizações de todos os locais de controlo de velocidade através de diferentes meios de comunicação, no site www.radaresavista.pt e, também, em parceria com o Waze, “garantindo o conhecimento público da localização de todos os radares SINCRO e maximizando a capacidade dos radares para salvar vidas, nomeadamente através da adoção de comportamentos adequados ao volante”.
Reforço considerável no Porto
Os 25 novos radares abrangem, praticamente, todo o país, de Norte a Sul, com a região do Porto a ser aquela que mais radares novos irá receber, num total de sete, cindo dos quais de controlo de velocidade instantânea (dois na A43, dois na A29 e um na A20) e dois de controlo de velocidade média (ambos na A29).
A região de Setúbal irá receber quatro radares novos, dos quais três são de velocidade média (IC1 Marateca, EN378 Sesimbra e EN4 Alcochete/Montijo/UF Pegões) e um velocidade instantânea (IC1 Alcácer do Sal).
Já a região de Lisboa contará com três localizações novas, todas de controlo de velocidade instantânea: EN6 Marginal/Carcavelos e Parede, IC17 Sacavém/Prior Velho e IC17 Camarate, Unhos e Apelação.
Redução dos acidentes e das vítimas
Os 62 novos locais de controlo de velocidade (aqueles que entraram em funcionamento em setembro do ano passado e estes novos 25 radares) foram selecionados, de acordo com a ANSR, tendo em conta dois critérios fundamentais – a sinistralidade grave e a velocidade. Nesses locais, e nos últimos cinco anos antes da entrada em vigor dos radares, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.
Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em setembro de 2023, há a lamentar três vítimas mortais (uma vítima mortal na A1 entre o km 217,4 e o km 211,9 na Mealhada/Anadia; uma na EN5 ao km 6,0 em Setúbal e uma na EN10 entre o km 110,7 e o km 115,5 em Vila Franca de Xira), um valor substancialmente inferior à média dos últimos cinco anos. Em todos os outros locais registaram-se zero mortos.
No total do sistema SINCRO, já com oito anos de funcionamento, verifica-se uma redução significativa da sinistralidade nos locais onde foram implementados os radares: menos 36% de acidentes com vítimas, menos 74% de vítimas mortais, menos 44% de feridos graves e menos 36% de feridos leves.
Por outro lado, graças à sua política de transparência na localização dos radares, a taxa de infrações (número de infrações/número de veículos fiscalizados) dos radares SINCRO foi sempre baixa (quando comparada com outros radares não publicitados), cerca de 0,55%, em 2018, tendo vindo anualmente a diminuir até atingir, nos primeiros cinco meses de 2024, a taxa de 0,29%, ou seja, menos de três veículos em infração por cada mil fiscalizados.
Menos 90% de veículos em excesso de velocidade
Nos locais onde foram instalados os novos radares registou-se, face às medições efetuadas antes da sua instalação, uma redução média muito expressiva no número de veículos em excesso de velocidade, cerca de 90%, tendo as maiores reduções sido verificadas nos trechos abrangidos pelos radares localizados na EN101 em Guimarães, na EN206 em Fafe, no IC2 em Coimbra, no IP7 (Eixo Norte Sul) em Lisboa e no IC17 (CRIL) em Odivelas.
Com a entrada em funcionamento destes 25 novos radares, a ANSR quer reforçar o combate à sinistralidade rodoviária, tendo como principal objetivo salvar vidas e assegurar que todos cheguem ao seu destino em segurança.
O reforço da rede de radares da ANSR com estas características é uma medida alinhada com os princípios da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária – Visão Zero 2030, a qual comporta uma nova abordagem ao combate à sinistralidade rodoviária, com intervenções nos cinco elementos do Sistema Seguro: Utilizadores Seguros, Infraestruturas Seguras, Veículos Seguros, Velocidades Seguras e Resposta Pós Acidente, tendo em vista a construção de um sistema rodoviário seguro, que proteja a vida humana.
Sempre sinalizados
Todos os radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) estão sempre sinalizados, com a ANSR a garantir que o objetivo é que todos os que circulam nas estradas conheçam estes locais e cumpram os limites de velocidade.
Os condutores são informados de que existe um radar na via em que circulam através dos sinais de trânsito velocidade instantânea (sinal H43) ou velocidade média (sinal H42), constantes do Regulamento de Sinalização do Trânsito.
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