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Foto do escritorPedro Junceiro

AMG One recordista no “Inferno Verde”

De regresso ao Nürburgring-Nordschleife, na Alemanha, o Mercedes-AMG One, hiperdesportivo equipado com sistema de propulsão derivado do monolugar de Fórmula 1 melhorou o recorde da volta para automóveis de produção em série, que já detinha. Agora, o tempo a "derrubar" é de 6.29,090 m. E este é, também, o primeiro automóvel de estrada a percorrer os 20,835 km do "Inferno Verde" em menos de 6.30 m!



Concebido com a ambiciosa missão de oferecer uma condução semelhante à dos monolugares de Fórmula 1, o Mercedes-AMG One voltou ao circuito alemão de Nürburgring-Nordschleife, conhecido como o “Inferno Verde” para melhorar o recorde entre os automóveis de produção em série. Com a marca a enaltecer que o único rival deste modelo “é o próprio One”, o piloto Maro Engel conseguiu cumprir uma volta aos 20.832 km do traçado em 6.29,090 m, melhorando o melhor registo anterior em mais de cinco segundos.

 

Com este dado, o AMG One destaca-se ainda por ser o primeiro automóvel de estrada a descer da fasquia dos 6.30 m, liderando na categoria de tempos dos superdesportivos.

 

“Há quase dois anos que detemos o recorde para veículos de estrada. Mas, na AMG, queremos sempre alargar ao máximo os limites do que é possível ou mesmo ir um pouco mais longe. É por isso que demonstrámos mais uma vez o que é possível com o exclusivo AMG One. Toda a equipa foi recompensada pelos seus esforços e empenho”, afirmou Michael Schiebe, Presidente do Conselho de Administração da Mercedes-AMG GmbH e Diretor das divisões Mercedes-Benz Classe G e Mercedes-Maybach.



Para atingir os objetivos autoestabelecido, a Mercedes-AMG preparou este desafio de forma meticulosa. Assim, no dia 23 de setembro, às 18:56, na terceira volta cronometrada ao circuito, Maro Engel alcançou o novo recorde – dispôs de temperatura ambiente de 15º C e de 20º C no asfalto, com o piso seco em toda a extensão da pista, condições que não existiram há dois anos.


Engel, piloto no campeonato alemão de turismos (DTM), também também de efetuar uma gestão mais cuidada do sistema híbrido do One, tal como nos monolugares de Fórmula 1, nomeadamente em termos de recuperação de energia cinética, de forma a melhorar o tempo e a tirar partido das características técnicas do automóvel. Para tal, utilizou o sistema de Controlo do Fluxo de Energia (EFC) de quatro fases do AMG One e, nalguns casos, tirou deliberadamente o pé do acelerador um pouco mais cedo do que o normal. Na gíria técnica, isto é conhecido como “lift and coast”.



O automóvel foi testado e documentado pela TÜV Rheinland para garantir que estava em condições normais, ao passo que um notário confirmou que a volta do tempo-recorde tinha sido efetuada corretamente.


Técnica da F1 

Integrando tecnologia diretamente derivada da Fórmula 1, o AMG One contou com um processo de desenvolvimento demorado e exigente, com muitos dos componentes a serem reconfigurados e trabalhados para utilização em estrada aberta, logo sujeitos a desafios diferentes em termos de refrigeração e modulação da potência.



Com um V6 1.6 Turbo a gasolina e quatro motores elétricos, o One tem uma potência combinada de 1063 cv (782 kW) e uma velocidade máxima limitada a 352 km/h. As outras tecnologias transferidas diretamente do desporto motorizado vão desde a monocoque de carbono e a carroçaria de carbono até à unidade de motor/transmissão como um elemento de tensão, a que se junta, ainda, a aerodinâmica ativa.

 

Não falta mesmo uma solução avançada como o DRS, sistema que neutraliza a carga aerodinâmica na asa traseira a altas velocidades, com os perfis aerodinâmicos a retomarem uma configuração de carga amplificada nas partes mais sinuosas do circuito.



Diferença importante face ao Fórmula 1, que tem apenas tração traseira, é o facto de o AMG One dispor de tração integral AMG Performance 4MATIC+ totalmente variável com um eixo traseiro de acionamento híbrido e um eixo dianteiro de acionamento elétrico com vetorização do binário. Para o recordo, Engel utilizou o programa de condução “Race Plus”, que é exclusivo para pista. Isto traduz-se numa configuração de aerodinâmica ativa mais apurada, numa afinação mais precisa do chassis, num rebaixamento de 37 mm do eixo dianteiro e de 30 mm no eixo traseiro, e na potência máxima sempre à disposição.

 

Os pneus utilizados foram os Michelin Pilot Sport Cup 2 R MO montadosde série no Mercedes-AMG. No One, travões de alta potência, com discos carbocerâmicos.

 

Note-se ainda que o AMG One consegue percorrer até 18,1 km em modo 100% elétrico, de acordo com a marca alemã, graças à bateria com 8,4 kWh de capacidade, desenvolvida para processos intensos de carga e descarga rápida.



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