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Alemanha insiste nos combustíveis sintéticos

A aceitação dos "e-fuels" após 2035 continua a ser tema de discussão ao mais alto nível enquanto se prepara a transição para a mobilidade sem emissões poluentes. E a Alemanha acredita mesmo que podem ser uma solução viável.


Christian Lindner, ministro das finanças alemão

O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, repetiu aquela que tem sido uma das posições mais defendidas por responsáveis da indústria automóvel (como Carlos Tavares, diretor da Stellantis) ao dizer que deveria haver abertura política para aceitar diferentes soluções para a mobilidade rodoviária no futuro e não apenas uma única vertente. Os combustíveis sintéticos ("e-fuels") estão entre as opções que destaca.

 

Em declarações concedidas ao jornal alemão Augsburger Allgemeine, Lindner admitiu que a União Europeia (UE) deveria ter em conta outras abordagens para a mobilidade sem emissões a partir de 2035, ano em que ficou decidido que os automóveis novos com motor de combustão seriam banidos.

 

“Deveríamos ir mais além e focar-nos genericamente na abertura tecnológica. Os combustíveis sintéticos líquidos e os biocombustíveis também são formas de sermos amigos do ambiente”, é citado Lindner naquele jornal, que revela ainda que o governo local está a trabalhar em propostas legislativas que tenham em conta a utilização de combustíveis cuja produção é feita através da captura do CO2 da atmosfera.



Porém, a discussão em torno dos e-fuels continua a ser fraturante, havendo quem argumente que o processo de produção deste tipo de combustível é pouco eficiente, já que se gasta energia no seu fabrico, mas também que defenda a sua utilização, sobretudo atendendo à frota bastante grande de veículos com motor a combustão que se encontra atualmente em utilização a nível global.

 

A Porsche é uma das marcas que mais está a investir no desenvolvimento de combustíveis sintéticos neutros nas emissões de carbono, tendo inaugurado no Chile a sua primeira infraestrutura de produção daquele tipo de combustível. Outras marcas estão também interessadas em perceber a viabilidade dos combustíveis sustentáveis.

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