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Foto do escritorPedro Junceiro

ADAC alerta para os perigos dos puxadores retráteis

Atualizado: 9 de ago.

Nova tendência nos automóveis beneficiam a aerodinâmica, é verdade, mas também podem constituir ameaças à segurança, em caso de acidente, alerta autoridade alemã.



Muitos construtores automóveis optaram por puxadores retráteis nas portas para os seus veículos, numa solução que é especialmente comum nos elétricos e que visa melhorar a eficiência aerodinâmica e, com isso, beneficiar o consumo energético e a autonomia entre carregamentos das baterias.

 

Marcas como a Tesla, Mercedes-Benz ou Land Rover optaram por este tipo de soluções para melhorarem a aerodinâmica, ao mesmo tempo que tornam a carroçaria mais elegante do ponto de vista visual, embora os métodos de funcionamento sejam distintos: alguns destacam-se por via de pressão manual num dos lados do puxador, outros por ação de um servomotor elétrico que faz destacar a pega da porta.

 

É precisamente sobre estes últimos que o ADAC, maior clube automóvel europeu, lançou algumas dúvidas, apontando que as pegas de atuação elétrica podem apresentar funcionamento defeituoso ou totalmente inexistente em caso de desconexão da fonte de alimentação do veículos após um acidente severo.

 

Segundo a ADAC, “a alavanca poderá permanecer retraída, impedindo que os socorristas cheguem aos ocupantes do carro”

Sem casos na Euro NCAP 

Porém, estas circunstâncias são testadas pela Euro NCAP, entidade que avalia a segurança (ativa e passiva) dos automóveis novos à venda na Europa, não havendo, até ao momento, conforme aponta a própria ADAC, situações simuladas em que tal tenha acontecido.


“O veículo destrava automaticamente as portas após um acidente, o que permite a abertura pelo lado de fora. Até ao momento, as pegas retráteis não apresentaram anormalidades. No entanto, de acordo com relatos na comunicação social, houve problemas reais noutro cenários de acidentes, no passado”, lê-se no "site" da ADAC.



Para esta entidade, o mais indicado seria contar com uma solução mecânica para estender as pegas das portas, deixando de estar dependentes de corrente elétrica. Adicionalmente, segundo aquela organização, nos acidentes em que as portas ficam com formas alteradas, dificultando a abertura, é importante ter um puxador robusto que permita aos socorristas exercer uma quantidade substancial de força para a abertura, por exemplo, quando a porta fica encravada devido à deformação de um dos pilares (A ou B).

 

Além disso, os construtores submetem os seus automóveis a rigorosos testes de segurança, com vista, precisamente, a suportarem situações extremas, quer em locais de temperaturas negativas (quando podem congelar), quer em acidentes.


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