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70,4 milhões de automóveis este ano

Um estudo divulgado recentemente conclui que o mercado mundial deverá atingir, até ao final do ano, um volume total superior a 70 milhões de unidades. Ainda assim, abaixo dos níveis anteriores à pandemia de Covid-19...



Tudo indica que o que resta de 2024 vai ser mais um período difícil para a indústria automóvel, afetada pelo aumento generalizado dos custos, por perturbações na cadeia de abastecimento que, pontualmente, ainda persistem, bem como por taxas de juro elevadas e pelo abrandamento generalizado do consumo. Como resultado, as vendas de automóveis a nível mundial permanecerão abaixo dos níveis registados há cinco anos.


De acordo com os dados apresentados num estudo publicado pelo "website" Stocklytics.com, e embora seja esperado um aumento anual de 3,6% nas vendas globais de automóveis - atingindo 70,4 milhões de unidades em 2024 -, esta evolução não será suficiente para atingir os níveis pré-pandémicos, o que deverá acontecer só, estimam os especialistas, em 2027, altura em que o mercado total deverá representar um volume de 73 milhões de veículos novos comercializados.



A indústria automóvel global passou por uma fase difícil nos últimos quatro anos, com múltiplos fatores a contribuírem para os reduzidos "stocks" e para os preços elevados. Ainda que a disponibilidade de veículos para entrega aos clientes tenha melhorado de forma consistente após este período de escassez, o aumento das taxas de juro e dos custos de produção automóvel também não têm facilitado a compra de um automóvel novo, agora mais caros do que antes, o que continua a afetar, e muito, o crescimento do mercado.


De acordo com um relatório do portal Statista, as vendas globais de automóveis atingiram 82,3 milhões de unidades em 2018, uma ligeira diminuição em relação ao máximo histórico de mais de 85 milhões em 2016 e 2017. Mas, um ano depois, este número caiu em 10 milhões e continuou com essa tendência durante os anos de pandemia. As estatísticas mostram que, em 2020, os fabricantes de automóveis expediram "apenas" 56,5 milhões de veículos novos em todo o mundo, ou seja, menos 25 milhões do que antes da pandemia de Covid-19.



O estudo refere ainda que, embora os preços dos automóveis novos estejam, neste momento, relativamente estáveis, continuam perto de máximos históricos. Nos últimos cinco anos, o custo médio de um automóvel novo aumentou em mais de 20%. Foi este aumento considerável que ajudou a indústria automóvel a manter o mesmo volume de receitas registadas há cinco anos, compensando, de certa forma, a quebra registada nos volumes de vendas.


Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Statista, os fabricantes de automóveis, este ano, vão faturar mais 21,5 mil milhões de euros do que em 2019 e mais 5% do que no ano passado. Os SUV, espera-se, vão representar mais de 40% desse valor, ou cerca de 785 mil milhões de euros das vendas totais.



No que respeita aos construtores de automóveis, Toyota, Ford e Volkswagen deverão ser responsáveis por um quinto das vendas globais. Os dados do Statista mostram que a Toyota continua a liderar a nível global, com uma quota de mercado em 2024 de 9,9%. Logo a seguir surge a Ford, com uma previsão de quota para este ano de 7,55%, relegando a Volkswagen para o terceiro posto com uma quota prevista de 6,7%. Seguem-se duas marcas japonesas, Nissan e Honda, fechando o "top-5", com 6,3% e 5%, respetivamente.

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